Olhos esvaziam de sentidos se desaparecidos de quem pertenciam o amor.

Subi que azul me acumulasse de céu e era efeito de pios que escrevia jamais voar.

 

As asas não abri que de me detive ao chão cada sonho ainda.

Quando não atino leveza eu entulho destes versos que carrego a olhos recaída. 

Calcular o universo é tarefa exata de explicar um pássaro.

Alegria é um estranhamento que depende dos olhos para efeitos n'alma.

Acho graça que os olhos saibam melhor que eu pudesse inventar.

Quem ao amor conclamar perderá seu pertencimento próprio para relutar ao outro si.

Os olhos seguem cumprir o desejo que eu me exercer acordar indo.

Prevejo que não posso tomar todas as coisas para dentro, apenas as miúdas que já me importam o coração.

Quem escreve perdura doer desde a ponta dos dedos.

Razão que presagie amar é porque desarranja o coração opositor dos olhos.

Se amanhece já tem os olhos repetindo o coração para me entardecer. 

Escrever é descontínuo que eu sabia sozinho até atingir seus olhos à procura.

Ali diminuto de azul acordei desacudido para o céu.

Para repetir o desejo é que o tempo mente que pudéssemos.