domingo, fevereiro 12, 2012


Falto voz para inventar palavra a removê-lo esquecido que tanto serei livre.

Uma cor testemunha o intento de existir. Tem também o céu recalculando o infinito de olhar. O azul ensurdece a beleza de sorrir sem vazio.

Para os dias com olhos fechados regalo na fronte um beijo que me devolva viajar para te avistar vindo. Bem continuo o olho vago sem chegar.
Calmaria despertence a nulidade de multidão. Só o olhar recorre ao absurdo de possuir. Eu tão escrevo o encanto que não me entendo ser.

Espero que uma música venha demorar o que alegrias não nos terminam ao lembrar.

Sua mão concha para falta de regador.

O amor desfronteiriça.

Ternura acomete teu semblante esquecido que ao longo dos dias me percorrerá de te esperar revisto.

A liberdade de pássaro comunica espalhar-se de voar.
Sonhos propagam o mistério com apelos de passarinhos. Sempre que um sonho revoa, todo sentimento me arrisca uma sinfonia de cordoniz. Sorrio.

Não preciso cumprir as palavras que desentendo. Tais anda me acham para recolher sentidos que desembolo em me escrever com suas arestas.

O silêncio governa a vontade reinando de esperar. No dia, nenhuma vida me empoderou de existir. Alguém sem o desejo recomeço não devir.

Gostar é assim: a gente quer sair de dentro pra desapropriar um alguém.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Os anjos nos reunem a escutar uma melodia de infinito enquanto aliviam sua dor de cuidar o tempo, só para que continuemos a dançar esvaídos.
Poetas somos uns curiosos e artesãos das palavras que nos forram o estambre da alma.
O silêncio por aqui tem Império maior que o menino descobrir se voa de bicicleta e mais esconde o medo quando sorri. Contigo abrando reinar.
Cumpro palavras com arremesso de despertencimento. Assim ditas, elas me espalham. Depois abandono a espera que vinha me reter infinito.
Poesia é internar de recolher vazios, estes aonde moram palavras confundidas com o sentir. Nisso me perco fora sem caber eu-preenchimento.
Incertezas fotografam louvável poesia pra eu ver o que desentendo.
O passarinho se alimenta da pimenteira que esperei vingar. Então assalto asas dele com as palavras que entorto só para nos revoar famintos.
Quem escreve recolhe de si o mesmo estrume diário, que converte em sonhos relidos, só para dizer sobre a vida que ele nem vive.
Descobrir-se é inspiração de inventar o ser. Desde que não impeça dessaber onde ir, vale à pena devir destinos para se perder.

sábado, fevereiro 04, 2012


Poetas são despenhadeiros que falam.

Aprendi a escrever ao seguir o desejo querendo ocupar vestígios. Aonde toco uma letra recolho investigação para desconhecer meus mistérios.

Às vezes existe Deus, mesmo que eu precise escrever Amor para senti-Lo.

Os dias de chuva nos descampam qualquer letra transbordada de entender.

Poesia inventando voar não quer gaiola, nem precisa parar no lugar: tem toda a vida pra sair do chão e escrever o céu.

Uma alma reconhece a fome da outra, chamamos isso de amizade.

Mesmo que a demora de te ouvir sorrir vale à vida que escuto em seu pensamento de rio. Sua alma pesa toda água querendo mar.

Decifrar os começos que a esperança tem para renascer é do mesmo ofício que um jardim me solicita cultivo. Eu só sei aprender flor me vindo.

Os abraços sabem abrir o sertão com igual altura que o Sol ilumina. Nas asas de um amigo é que aprecio voar reaquecendo a vida.

No tempo de desalívio, reponho a chuva com um sorriso de abrigo. As pétalas que irrigo adiantam uma trilha de convívio que meu silêncio guia.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012


Poesia incide de me espalhar sem definição. Vagar por onde versos recolhem-me inexplicável deve servir para a vida que não me escrevi ainda.

Pelos poemas que não findaram plantio ainda dou muda para meu corpo dejeto de areia. As palavras carregam os grãos de que me espalho semeado.

Para as palavras realinharem de horizonte um poeta dança invencionices de ritmo interno estampando mais um dia. Canção prediz linhas cheias.

O amanhã contaminou-me de espera pelos sonhos que acalmarei ao voltar pra casa.

Resolvi abrir os sonhos, dar um rumo inexato aos caminhos ilhados de existir. Um sonho lido cria rastro repleto de chamamento: eu liberto.

Até das pedras restarem imóveis poesia desacalma a razão.
Um avião não desentende que bicicleta também corre de existir.

Contrariando toda a classe de cardiologistas, sei que para o coração não há remédio. Eu não entendia que a dor de gente morava além do corpo.

O poeta quando nos conta do lugar recria-o imersível no eterno.

Pronuncio que a dança me alcança de falar com o infinito.